RBC
Introdução
Representação
de
Casos
Recuperação
de Casos
Similaridade
Laboratório
1:
CBR-Works
Reutilização
e
Adaptação
de
Casos
Laboratório
2:
CBR-Works
na
Web
Aplicações
Bibliografia
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Capítulo 4.
Similaridade de Casos no Raciocínio Baseado em Casos
Ao lado da
análise
e caracterização empíricas de critérios de
similaridade, modelos formais também ocupam um espaço
bastante
grande no RBC. Modelos formais de similaridade procuram axiomatizar o
processo
da determinação da similaridade realizado pelo ser
humano.
As suposições assumidas no modelo podem então ser
verificadas de forma empírica. Uma série de
suposições
básicas a respeito de julgamentos de similaridade
são:
- Reflexividade:
Um objeto
ou fato é similar a si mesmo.
- Simetria:
Se A é
similar a B, então B também é similar a A. A
simetria
das características de similaridade é questionada por
alguns
autores, e não precisa necessariamente prevalecer. Um exemplo
é
a seguinte afirmação: “Ele se parece com o Presidente”.
Neste
caso, a similaridade de um elemento de uma categoria (a pessoa em
questão)
com o respectivo protótipo (o presidente) é considerada
muito
maior do que a similaridade do protótipo a um determinado
elemento
da categoria (“O Presidente se parece com este cidadão?”). A
pergunta
sobre a simetria dos julgamentos de similaridade será
determinada
muito menos pela formalização do conceito de similaridade
do que pela pragmática subjacente. Em algumas
aplicações
pode fazer sentido desconsiderar a simetria.
- Transitividade:
Se A
é similar a B e B é similar a C, então A
também
é similar a C. A transitividade de julgamentos de similaridade
é
amplamente rejeitada na literatura [Wes95]. Um exemplo é a
seguinte
afirmativa: “Um quadrado pequeno é similar a um quadrado grande.
Um quadrado grande é similar a um círculo grande. Um
quadrado
pequeno e um círculo grande não são similares”. A
transitividade é aqui invalidada porque a pragmática
subjacente
foi substituída (da forma dos objetos para o tamanho dos
objetos).
Em virtude disso, os resultados dos dois primeiros julgamentos de
similaridade
não são mais passíveis de
comparação.
Devido a isso, podemos afirmar que a transitividade dos julgamentos de
similaridade sempre será ferida, quando se argumentar a respeito
da presença de diferenças pequenas. Julgamentos de
similaridade
que se baseiam na identidade parcial de características podem,
no
entanto, possuir transitividade. Observe o seguinte exemplo: “O
círculo
vermelho e o quadrado vermelho são parecidos. O quadrado
vermelho
e o triângulo vermelho são parecidos. Logo o quadrado
vermelho
e o triângulo vermelho são parecidos”. Neste exemplo a
pragmática
(comparação de cores) permaneceu constante.
- Monotonicidade:
A similaridade
de dois objetos cresce monotonicamente com o aumento de
correspondências
e a redução de diferenças. O requisito de
monotonia
é, à primeira vista, bastante elucidativo e
necessário,
uma vez que vem ao encontro da compreensão humana do conceito de
similaridade. Existem, no entanto, muitos exemplos em que julgamentos
de
similaridade não se comportam de forma monotônica. Para a
satisfação do requisito de monotonicidade é
também
a pragmática dos julgamentos de similaridade que vai ser o
critério
final. Em muitos domínios a monotonicidade é satisfeita
como
um requisito natural, mas não pode ser vista como uma
propriedade
de todos os julgamentos de similaridade.
Esta
discussão das propriedades
dos julgamentos de similaridade mostra que a pragmática
subjacente
a um determinado julgamento de similaridade tem um papel essencial na
avaliação
da similaridade. Essa observação implica que não
é
possível definir uma teoria universal da
determinação
de similaridade. Por causa dos múltiplos aspectos que necessitam
ser levados em consideração e da incerteza inerente a
estes
associada, não se pode considerar o processo de
seleção
de casos em um sistema de RBC de forma geral como certo ou errado, mas
apenas avaliá-lo como melhor ou pior no contexto de um
cenário
de aplicação específico.
4.1.
Formalização
do conceito de similaridade
A medida de
similaridade
é a formalização de uma determinada filosofia de
julgamento
de semelhança através de um modelo matemático
concreto.
No RBC se pode formalizar o conceito de similaridade por meio de
três
formas diferentes:
- Similaridade
como Predicado
- Similaridade
como Relação
de Preferência
- Similaridade
como Medida
A primeira
idéia concebe
similaridade como uma relação entre objetos ou fatos, que
existe ou não existe. A segunda pressupõe a idéia
de uma similaridade maior ou menor, enquanto o terceiro enfoque postula
a quantificação da extensão dessa
semelhança.
Provavelmente a
forma mais
conhecida de formalização do conceito de similaridade
é
a definição de uma medida numérica de
distância
ou similaridade. Em contraste com a utilização de uma
relação
de preferência, na utilização de uma medida em
conjunto
com informação de precedência é realizada
também
uma quantificação da similaridade.
Similaridade
entre dois objetos,
como a entendemos de forma intuitiva, recebe o nome de similaridade
global
em RBC. Para determinarmos a utilidade de um caso em
relação
a uma determinada pergunta, a similaridade global entre o caso e a
pergunta
deve ser determinada.
Para o exame
compreensivo
da similaridade entre uma questão dada e os casos na base de
casos,
a similaridade local entre atributos específicos pode ser
considerada
ao se computar a similaridade global. Como conseqüência, um
caso com valores de atributo diferentes, mas que podem ainda ser
similares
ao procurado, não é passível de ser distinguido de
outro, cujos valores são completamente diferentes. A
consideração
de similaridades locais permite a integração das
similaridades
entre atributos isolados ao cálculo da similaridade global,
tornando-a
muito mais sensitiva.
Durante a aula
examinaremos
todos os aspectos da simlaridade globbal e local e suas formas de
definição
e cálculo.
Material
da Aula em PDF
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Programme on IT
CNPq GMD DLR
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