A principal idéia por trás da arquitetura cliente-servidor é estruturar o sistema como um conjunto de processos cooperativos (servidores) que oferecem serviços aos processos de usuário (clientes). No modelo cliente-servidor a comunicação entre processos se dá exclusivamente através da troca de mensagens. Isto torna o modelo adequado à implementação de sistemas distribuídos, uma vez que os mecanismos de comunicação podem ser desenhados para permitir a troca de mensagens entre processos executando em nodos distintos.
Geralmente o modelo cliente-servidor faz uso de protocolos de comunicação simples do tipo requisição/resposta. A fim de obter um serviço, um cliente envia uma requisição ao servidor. Este, por sua vez, executa as operações associadas ao serviço e envia uma resposta ao cliente, contendo dados ou um código de erro caso o serviço não possa ser executado.
Protocolos
TCP/IP
TCP/IP - Classes de Endereços
Classe A | Classe B | Classe C |
1o octeto entre 1 e 127 | 1o octeto entre 128 e 191 | 1 octeto entre 192 e 254 |
1o octeto: endereço rede | 1o e 2o octetos: rede | 1o, 2o e 3o octeto: rede |
2o, 3o e 4o octetos: estaçã | 3o e 4o octetos: estação | 4o octeto: estação |
Navegador ("Browser") é um software que permite "folhear" documentos hipermídia distribuídos na rede. O browser é o lado cliente na arquitetura cliente-servidor definida pelo WWW. Existem diversos servidores WWW, que, através do protocolo HTTP fornecem páginas (documentos hipermídia) escritas em HTML. A forma de visualizar estas páginas é através de browsers e eles são muitos (NCSA Mosaic, Lynx, MacWeb, WinWeb, Cello, Netscape ...). Na verdade, os browsers WWW conhecem não somente o protocolo HTTP, mas outros como Gopher e NNTP (news), para dar suporte a outras aplicações de rede.
Um servidor WWW programa que fica a espera de requisições de usuários (browsers) pedindo por documentos HTML ou informações de outros tipos (arquivos de imagens, sons, etc). Também trata as requisições de realização de serviços (executados pelo servidor, na máquina do servidor) através de scripts (p.ex.), bem como mantém estatísticas sobre acessos. O protocolo utilizado é o HTTP, como não poderia deixar de ser. O servidor WWW tem domínio sobre a base de informações mantidas naquele sítio e permite inclusive, controle de acesso para documentos, com autorização de senhas e outras restrições. Outros servidores implementam transações seguras, com emprego de recursos de criptografia.
Uniform Resource Locator - URL é a forma padrão de designação de documentos pela qual é possível acesso a estes através da Internet, já que este nome é único. Por exemplo, de qualquer ponto do mundo é possível referenciar a home page TELESC pelo URL abaixo:
http://www.inf.ufsc.br
Através do URL, é possível especificar a máquina (www), o domínio (inf.ufsc.br), o arquivo que contém o documento (index.html), e o protocolo pelo qual ele será acessado (http).
Outros formatos de URL existem para denominar outras formas de acesso a elementos da Internet (por exemplo, arquivos em FTP ou Gopher, artigo na Usenet ou registros de dados em uma base de dados qualquer).
O HTML, Linguagem de Formatação de Hipertexto, é fruto do "casamento" dos padrões HyTime e SGML.
Hy Time (ISO 10744:1992) - padrão para representação estruturada de hipermídia e informação baseada em tempo. Um documento é visto como um conjunto de eventos concorrentes dependentes de tempo (áudio, vídeo, etc.), conectados por webs ou hiperlinks.
O padrão HyTime é independente dos padrões de processamento de texto em geral. Ele fornece a base para a construção de sistemas hipertexto padronizados, consistindo de documentos que alicam os padrões de maneira particular.
Padrão ISO 8879 de formatação de textos: não foi desenvolvido para hipertexto, mas torna-se conveniente para transformar documentos em hiper-objetos e para descrever as ligações.
SGML não é padrão aplicado de maneira padronizada: todos os produtos SGML têm seu próprio sistema para traduzir as etiquetas para um particular formatador de texto.
É uma coleção de estilos, ainda muito limitados, usados para definir os vários componentes de um documento WWW. A HTML preocupa-se com o conteúdo do documento e não com com sua aparência ou estilo. Um documento HTML não precisa, necessariamente, ser usada com HTTP ou apresentado por um browser WWW. Pode ser usado para correio eletrônico hipertexto, sistema de news, e em qualquer lugar onde um sistema básico de hipertexto seja necessário.
Os browsers, além de prover as funções de rede para recuperar documentos dispersos, são formatadores HTML. Quando você carrega um documento HTML em um browser, ele lê (passa por um parser) as informações HTML e formata o texto e as imagens na tela de acordo com as informações contidas no documento formatado em hypertexto. Estes incluem vários níveis de cabeçalho, listas, menus, formatação de estilos de texto, etc.
HyperText Transfer Protocol - HTTP é um protocolo padronizado para transferência, através da rede, de arquivos que contém documentos hipermídia. Além de um protocolo para transfência de hipertexto, HTTP é um protocolo para acesso à informação com eficiência necessária para realizar saltos de acordo com a exigência dos hipertextos. HTTP transfere principalmente documentos HTML, mas na verdade está aberto para suportar um ilimitado e extensível conjunto de formatos. É o protocolo mais popular entre os suportados por URLs.
URLs do tipo HTTP seguem a forma básica do URL:
http://www.inf.ufsc.br