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Os Sonhos do Rei
Um dia um grande rei sonhou com uma raposa
pulando para cima e para baixo no
seu lindo palácio. Acordou revoltado e
inquieto. Chamou os ministros e narrou o
sonho. Ele queria uma resposta, uma
interpretação. Ninguém sabia explicar.
Quanto mais ele contava o sonho menos as
pessoas compreendiam, e as
respostas
que davam eram tolas ou falsas.
O rei decidiu dar uma recompensa àquele que trouxesse uma resposta
coerente, e
mandou que o arauto real sa’sse a espalhar a noticia.
Ivan era um sem casta, estrangeiro e
voltava para casa depois de um dia duro.
Estava t\~ao cansado que sentou perto de uma cachoeira para repousar
e começou
a pensar:
- Ah, que bom seria se eu soubesse decifrar
o sonho. Poderia me tornar rico.
Mas ai de mim, como são ilusórios esses
pensamentos.
- Você quer mesmo saber o significado do
sonho?
Disse uma voz suave de trás da água que
caia. Ivan olhou e viu uma linda jóvem
escondendo seu corpinho nas águas que
caiam mas deixando ver um corpinho
maravilhoso, com seios durinhos, esbelta e
pernas fortes como convem a uma
jovem atleta.
- Se gostou de meu corpo devias olhá-lo e não falar de meus
pais, mas eles
sabem que estou aqui!
- Porque não me conta o significado do
sonho, se é que sabe?
A quase menina saiu debaixo da cachoeira. A
agua ia ate pouco abaixo de seu umbigo deixando perceber que ela estava
realmente completamente nua. Tinho no entanto colares de bolas brancas, um
cordão de contas na cintura e braceletes debolinhas. Ivan quiz se aproximar
mas ela disse:
- Entre nos existe um poço e um
rodamoinho, não tente se aproximar. Não foi
para fazer-te sentir meu corpo e minha
feminilidade que voltei, mas para
ajudar-te a ganhar a recompensa do rei.
Ivan ficou parado.
- Vou contar se prometer me dar metade da recompensa que receberá do
Ivan concordou.
A estranha criatura então falou:
-A raposa pulando significa que a atmosfera
está cheia de falsidade. O palácio
é o s’mbolo do reino e a raposa é o
s’mbolo da falsidade. O rei deveria ser
muito cauteloso com aqueles que estão ao
seu redor.
Agradecendo Ivan partiu em direção ao
palácio.
Chegando ele, viu o rei na sala de
audiência cercado de astrólogos,
sacerdotes, eruditos, videntes. Mas pelo ar
pensativo que ele tinha, Ivan
percebeu que não estava
satisfeito. Sentiu tambem
um certo as de conspiração,
Aproximou-se saudou o rei e pediu
licença para interpretar o
sonho em
particular.
O rei o atendeu a sós, e Ivan narrou o
que sabia.
O rei ficou satisfeito, lhe recompensou com
uma imensa quantia e o apresentou a
todos como um sábio. No dia seguinte
enquanto fazia o caminho de volta para
casa,
Ivan ia feliz, mas lembrou que deveria dividir o dinheiro com a jóvem.
Ficou triste, e decidiu que iria pra casa viver a sua vida, e
esqueceu o
encontro.
Casou-se construiu uma bela mansão e viveu feliz durante alguns anos.
Um belo dia um mensageiro do rei bate a sua
porta. Outro sonho precisava ser
decifrado. O rei queria vê-lo o mais
depressa poss’vel Ivan diz que estará no
palácio no outro dia cedo, mas pede ao
mensageiro que lhe narrasse o novo
sonho. O rei sonhou que um deslumbrante punhal oscilava sobre o palácio,
especialmente à volta da cúpula do
palácio.
Ivan passou a noite inteira pensando em uma
resposta e nada lhe ocorria.
O jeito era procurar a jóvem do lago, se
ela ainda estivesse por lá. Foi.
Chamou-a e ela apareceu. Apesar dos anos
continuava linda e ainda mais sensual.
Depois de ouvir as desculpas de Ivan,
disse:
- Tudo bem, eu lhe conto desde que você me dê metade do que receber.
Ivan concordou.
- Há violência na atmosfera. O punhal é
o s’mbolo da violência, o palácio é o
s’mbolo do reino e a cœpula é a cabeça do reino. O reino e o rei estão
cercados de inimigos que estão tramando desencadear violência. O rei
deveria
ficar de atalaia.
Ivan corre ao encontro do rei para lhe
narrar o significado.
O rei fica satisfeito com o resultado e
dá uma quantia maior do que a da
primeira vez. Ivan retorna feliz e ao ver a
cachoeira de longe se entristece.
Por que eu tenho que dividir o que é meu? E se ela ficar zangada, e for
contar
toda a verdade ao rei? Automaticamente
apanha uma pedra e esconde no bolso. Ao
vê-lo, a nukher vem em direção de
Ivano, e é atingida em cheio pela pedrada,
mas mesmo assim ainda encontra
forças para fugir.
Ivan vai para casa e vive feliz. Todos o
consideram um chefe de fam’lia
exemplar.
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Anos depois recebe a visita de outro
mensageiro. Fica desesperado por
que
precisa interpretar mais um sonho. Desta
vez o rei sonhou com lindos carneiros,
brancos como a neve saltitando por seu palácio. O mensageiro percebe que
Ivan está relutante, com muitas desculpas, volta e conta tudo ao
comandante
das tropas que imediatamente o procura com ameaça de morte por
desobediência. Ivan chora a noite toda arrependido.
O seu arrependimento lhe deu coragem para
voltar a cachoeira novamente e a
encontra não muito longe, mostrando todo
seu corpo na relva. Quando ele se
aproxima la lhe diz:
- O rei lhe procurou outra vez?
- Sim!
- Você promete me dar metade do que receber
desta vez?
- Acredite, eu lhe darei tudo!
-
Pois muito bem, o sonho significa que a atmosfera está cheia de paz
amor e
inocência. O rei não tem nada a
temer.
Ivan vai ao palácio, conta ao rei a sua
interpretação, e retorna com muito
mais dinheiro. Desta vez a imagem da mulher
na relva não lhe sai da cabeça. Vai
até a cachoeira, chama a jóvem e diz:
- î sábia camponesa que não sei nem o
nome aqui está tudo conforme lhe prometi,
e
vou agora até a minha casa pegar o restante que lhe roubei. Sou um sem
casta, estraneiro vivendo com dificuldade.
O que dou para minha familia é com
muito esforço. Por favor, me perdoe.
Sua beleza me perturba mas tenho mulher e
filhos que me deram amor todos estes anos.
Não devo sentir o erotismo de teu
corpo pois estaria faendo-os sofrer
- Espere, eu não o censuro por sua
conduta passada. Na primeira vez você foi
tentado a me enganar porque havia falsidade no ar. Me olhou com
cobiça
disfarçada. Na segunda vez você foi
violento comigo porque havia
violência no
ar. Antes queria me violar ainda no lago da
cachoeira. Você é como qualquer
homem comum, governado pelo esp’rito que
domina o ambiente. Se comporta em
macho lutador esquecendo que ganhar e
subjugar o inimigo nada significa. A
vitória não é eterna! Poucos são os
que não se deixam influenciar.
E foi se afastando. .
-E o dinheiro?
Parou e se voltou. A ponta de seus seios
com o vento estavam eretos. Ivan se
sentiu envadido de amor.
-Eu não preciso. Se tivesse necessidade dele eu mesmo
teria ido até o rei. Sou
uma
yakshini . Prego o que aprendi com minha mãe mulaprakrti Para mim não
existem castas nem estrangeiros, todos
foram concebidos e nascem do mesmo modo,
logo são iguais. .Na terceira vez você
foi honesto pois pairava no ar ``paz,
amor e inocência''. Apesar de minha nudez
soubestes me respeitar e muito mais
importante: respeitar tua fam’lia. Com meus
poderes so sou violada quando
quero, e isto o faço em nome do amorÉ
Desta vez você deu valor aos valores
feminimos, aos meus valores. Eu soube te
perdoar e compreender teus erros:tal a
mão que sempre perdoa seus filhos por que
os amo, eu te perdoei apesar de não
gostar de teu comportamento dagressivo com
a vida: fostes primitivo como homem
guerreiro duas vezes. Na œltima vez mudou: foi movido pela homestidade,
verdade e amor. Que o amor erótico que
sentiu por meu corpo seja a chama que
acenderá em t’ o amor em todos os teus
atos. Para ter amor te comporte de modo
feminino: como a mŒe que olha para o filho
que acabou de sair dela e que é
tambem sua criação Ð olhe com
todo amor. Adeus, desejo-te uma
vida feliz e
sensata, cheia de amor.
E aquele corpinho maravilhoso começou a
se tornar transparente. Foi
desaparecendo e deixando atraz de si apenas
o som do vento que cortando as
aguas da cachoeira faziam ouvir
auuummmm