Jorge Muniz Barreto
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Induismo
O ocidental costuma ver o oriente imerso em misticismo e com padrões definidos por ocupantes cristãos. Índia. Paquistão, etc sofrem ainda daquilo que os ingleses nos contaram.
Assim usualmente, costuma-se apresentar o Induismo como tendo uma Trindade de deusues superiores: Brahma, Vishnu e Shiva.
.           Conheça a força e o significado dessas divindades.
Os hindus atribuem o ritmo do cosmo a um eterno ciclo de criação, preservação e destruição. Simbolizando cada uma das etapas estão seus deuses supremos, Brahma, Vishnu e Shiva. Essa trindade, chamada em Trimurti, representa duas forças antagônicas e uma harmonizadora. Enquanto dois deles figuram pólos opostos - Vishnu, a luz e a vida, e Shiva, as trevas e a aniquilação -, Brahma aparece como o equilíbrio e a união desses contrários.
            "É um ciclo constante e infinito: Brahma cria o Universo, Vishnu o conserva e Shiva o destrói", explica a monja Sundari Shakti, fundadora do Instituto de Cultura Indiana, em São Paulo.
Uma das religiões mais antigas do mundo, o hinduísmo é adotado por cerca de 800 milhões de fiéis, praticamente todos indianos. Seus deuses podem ser contados às centenas. Acima de tudo, acreditam que há uma força única que seja a origem de tudo - Brahman. Unir-se a esse espírito absoluto é a meta depois de várias reencarnações, ao final de sucessivas mortes e renascimentos.
Consideram que os seres humanos são parte integrante de Deus, que está em cada ser vivo como alma eterna - atman. Uma referência à presença divina em todas as pessoas é a saudação namastê, que significa "o Deus que existe em mim saúda o Deus que existe em você".
            Em pinturas e esculturas, Vishnu e Shiva aparecem de várias formas, enquanto Brahma não costuma ser representado.  Em uma viagem que fiz a ´`india, conversando com um professor de filosofia oriental, nos jardins do Taj Mahl, lhe perguntei porque não havia visto ainda nem um templo a Brahma, ao que ele respondeu: “Brahma criou o Universo, agora não precisamos mais dele e um templo em toda a India é suficiente para não esquecer que ele criou o¨universo com o seu próprio corpo”.
 
Brahma, o criador:
             Considerado o deus supremo, Brahma surgiu, segundo os hinduístas, como encarnação do espírito universal Brahman. Praticamente não é cultuado hoje, por ser "uma força tão sutil que nem consegue ser imaginada por quem não tem elevação espiritual. Brahma é representado com quatro cabeças, que fazem referência aos quatro pontos cardeais. Com a diminuição de seu culto, Vishnu e Shiva tornaram-se as duas principais divindades do hinduísmo atual. O contraponto feminino de Brahma aparece como sua esposa, Sarasvati, deusa das artes e criadora do sânscrito, a língua das escrituras sagradas hindus. Os fiéis dedicam a ela um festival na primavera, o Vasant Panchami.
 
Vishnu , o preservador:
             Responsável pela continuidade e estabilidade do Universo, o deus é representado com a pele azul-escura e quatro braços, que simbolizam seu poder de alcançar os quatro cantos do cosmo. Sua força restauradora e protetora manifesta-se em suas encarnações terrenas, os avatares, que vêm à Terra para fazer o bem e libertá-la de forças maléficas. Entre os dez avatares estão Rama, Krishna e o próprio Buda. Acredita-se que a décima encarnação de Vishnu, o avatar Kalki, ainda virá ao mundo com a missão de destruí-lo para, então, recriá-lo. Sua esposa é Lakshmi, deusa da riqueza e da boa sorte. Ela também é chamada de Deusa do Lótus, por segurar num de seus quatro braços essa flor, que simboliza a alma. O culto a Vishnu ocorre em toda a Índia, principalmente no norte e no centro do país.
Shiva, o destruidor:
             Deus do tempo, ele cura por meio das ervas medicinais e também está ligado à renovação. ``Ele destrói para criar",. Seu principal símbolo é o lingam, um falo de pedra que simboliza a fertilidade. Algumas de suas representações o mostram com quatro braços e um terceiro olho na testa, que ao mesmo tempo simboliza a elevação de consciência e emana o fogo que lhe permite destruir periodicamente o Universo. Shiva concilia aspectos contrastantes: mostra-se ameaçador e meigo, ativo e ponderado, fértil e casto. Assume também a forma de Nataraja, o Senhor da Dança, uma de suas representações mais comuns. Sua esposa, Mahadevi, também assume várias formas, seguindo as complexas características do marido. Elas podem ser benignas, como Sati, que personifica os atributos da esposa ideal, e a doce Parvati, ou malignas, como a deusa guerreira Durga e a terrível Kali, sempre representada com a pele negra e a quem os fiéis oferecem sacrifícios de animais. Shiva possui adeptos em toda a Índia, que o homenageiam com uma festa em março, o Shivaratri.
 
 
O que vem de ser dito do Induismo é como ficou da absorção da religião matriarcal dos povos dominados pelos dominadores e é o que chamamos de Induismo. Há ainda outras ramificações,  Jainismo, Sikismo etc. Mal compreendidos no mundo acidental.