Dada a função da forma canônica (padrão):
dydt=g(t)f(y)dydt=g(t)f(y) - Reescrever na forma diferencial e integrar:
∫f(y)dy=∫g(t)dt
Dada a função da forma canônica (padrão), não fatorável para y′, ou seja não separável:
dydt=a(t)y+b(t) ou ainda: dydt+g(t)y=b(t) note que g(t)y=−a(t)y, apenas para não termos que lidar com sinal negativo nessa demonstração.
Note que uma EDO linear de 1º ordem homogênea é separável:
dydt=a(t)y basta utilizar o método 1 para resolver.
dydt=a(t)y+b(t)
Para resolve-la vamos introduzir um método.
A equação da forma:
dydt+g(t)y=b(t)
O lado esquerdo da equação “parece” o resultado da Regra do Produto. Então vamos pegar o lado esquerdo e multiplicar por uma função mágica μ(t) de tal forma que tenhamos o resultado da Regra do Produto.
Lembre-se
μdydt+dμdty=ddt(μ⋅y)
Então, multiplicando o lado esquerdo por μ(t) temos:
$$ μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=ddt(μ(t)⋅y)μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)dydt+dμdtyμ(t)g(t)=dμdtdμdt=μ(t)g(t)μ(t)=e∫g(t)dt$$ Assim a função mágica é chamada de fator de integração:
μ(t)=e∫g(t)dt
Assim multiplicando ambos os lados da nossa equação temos:
μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)b(t)ddt(μ(t)⋅y)=μ(t)b(t) Integrando ambos os lados para resolver, temos: μ(t)⋅y=∫μ(t)b(t)dt
Passos para resolver a EDO 1º ordem não homogênea utilizando o fator de integração:
dydt+g(t)y=b(t)
μ(t)=e∫g(t)dt - Multiplicar ambos os lados por μ(t):
μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)b(t) - Notar que o resultado do lado esquerdo é o resultado da regra do produto, integrando ambos os lados resulta em:
μ(t)⋅y=∫μ(t)b(t)dt
Resolve se a integral, note que nesta última integração devemos adicionar a constante de integração. Isolando o y(t) (quando possível) tem-se a solução geral explícita da EDO, caso contrário tem-se a solução geral implícita.
É um método muito similar ao do fator de integração, porém com outra abordagem. Este é um método aplicado regularmente para resolver EDO’s de 2º ordem com mais eficiência que o anterior.
Procedimento geral:
dydt+g(t)y=b(t)dyhdt+g(t)yh=0
dy(t)dt+g(t)y(t)=b(t)ddt(μ(t)yh)+g(t)μ(t)yh=b(t)dμdtyh+μdyhdt+g(t)μyh=b(t)dμdtyh+μdyhdt+g(t)μyh=b(t)dμdtyh+μ(dyhdt+g(t)yh⏟0)=b(t)
Note que o termo dyhdt+g(t)yh=0, resultando em:
dμdtyh=b(t)
dμdt=b(t)yh(t)
y(t)=μ(t)yh(t) Dessa forma se obtém a solução geral da equação não-homogênea.
A ideia toda é que funções da forma Cyh(t) são soluções para a equação homogênea, talvez possamos encontrar soluções para a equação não-homogênea permitindo o parâmetro C variar, por exemplo, substituindo por uma função não-constante μ(t).
Para EDO’s Lineares de 1º ordem ambos os métodos funcionam (na verdade são iguais, com diferentes explicações), mas é necessário conhecer ambos:
Para EDO’s Lineares de 2º ou mais alta ordem e sistemas o método da variação de parâmetros funciona, e o fator de integração falha;
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