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Método 1: Equações Separáveis

Dada a função da forma canônica (padrão):

dydt=g(t)f(y)dydt=g(t)f(y) - Reescrever na forma diferencial e integrar:

f(y)dy=g(t)dt

Método 2: Equações Lineares

Dada a função da forma canônica (padrão), não fatorável para y, ou seja não separável:

dydt=a(t)y+b(t) ou ainda: dydt+g(t)y=b(t) note que g(t)y=a(t)y, apenas para não termos que lidar com sinal negativo nessa demonstração.

Note que uma EDO linear de 1º ordem homogênea é separável:

dydt=a(t)y basta utilizar o método 1 para resolver.

dydt=a(t)y+b(t)

Para resolve-la vamos introduzir um método.

Método para solução de uma EDO 1º ordem linear não-homogênea - (Fator de integração):

A equação da forma:

dydt+g(t)y=b(t)

O lado esquerdo da equação “parece” o resultado da Regra do Produto. Então vamos pegar o lado esquerdo e multiplicar por uma função mágica μ(t) de tal forma que tenhamos o resultado da Regra do Produto.

Lembre-se

μdydt+dμdty=ddt(μy)

Então, multiplicando o lado esquerdo por μ(t) temos:

$$ μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=ddt(μ(t)y)μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)dydt+dμdtyμ(t)g(t)=dμdtdμdt=μ(t)g(t)μ(t)=eg(t)dt

$$ Assim a função mágica é chamada de fator de integração:

μ(t)=eg(t)dt

Assim multiplicando ambos os lados da nossa equação temos:

μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)b(t)ddt(μ(t)y)=μ(t)b(t) Integrando ambos os lados para resolver, temos: μ(t)y=μ(t)b(t)dt

Passos para resolver a EDO 1º ordem não homogênea utilizando o fator de integração:

  • Colocar a equação na forma:

dydt+g(t)y=b(t)

  • Obter o fator de integração:

μ(t)=eg(t)dt - Multiplicar ambos os lados por μ(t):

μ(t)dydt+μ(t)g(t)y=μ(t)b(t) - Notar que o resultado do lado esquerdo é o resultado da regra do produto, integrando ambos os lados resulta em:

μ(t)y=μ(t)b(t)dt

Resolve se a integral, note que nesta última integração devemos adicionar a constante de integração. Isolando o y(t) (quando possível) tem-se a solução geral explícita da EDO, caso contrário tem-se a solução geral implícita.

Método para solução de uma EDO 1º ordem linear não-homogênea - (Variação de parâmetros):

É um método muito similar ao do fator de integração, porém com outra abordagem. Este é um método aplicado regularmente para resolver EDO’s de 2º ordem com mais eficiência que o anterior.

Procedimento geral:

  • Encontrar a solução (não trivial, não zero) da EDO homogênea yh(t), por separação de variáveis.

dydt+g(t)y=b(t)dyhdt+g(t)yh=0

  • Variação de parâmetros: substituiremos y(t)=μ(t)yh(t) na equação não-homogênea, para encontrar a função desconhecida μ=μ(t).

dy(t)dt+g(t)y(t)=b(t)ddt(μ(t)yh)+g(t)μ(t)yh=b(t)dμdtyh+μdyhdt+g(t)μyh=b(t)dμdtyh+μdyhdt+g(t)μyh=b(t)dμdtyh+μ(dyhdt+g(t)yh0)=b(t)

Note que o termo dyhdt+g(t)yh=0, resultando em:

dμdtyh=b(t)

  • Resolva a equação para μ(t) por integração:

dμdt=b(t)yh(t)

  • Uma vez que μ(t) é encontrada substitua em:

y(t)=μ(t)yh(t) Dessa forma se obtém a solução geral da equação não-homogênea.

A ideia toda é que funções da forma Cyh(t) são soluções para a equação homogênea, talvez possamos encontrar soluções para a equação não-homogênea permitindo o parâmetro C variar, por exemplo, substituindo por uma função não-constante μ(t).

Fator de Integração e Variação de Parâmetros
  • Para EDO’s Lineares de 1º ordem ambos os métodos funcionam (na verdade são iguais, com diferentes explicações), mas é necessário conhecer ambos:

  • Para EDO’s Lineares de 2º ou mais alta ordem e sistemas o método da variação de parâmetros funciona, e o fator de integração falha;

  • Para muitas EDO’s Não Lineares de 1º ordem o fator de integração funciona, e a variação de parâmetros falha;

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