Visão
Computacional1. Representação
de
imagens
2. Filtragem
de imagens
3. Detecção
de Bordas
4. Segmentação
Simples
5. Crescimento
de Regiões
6. Segmentação
com
Filtros
7. Segmentação
a Cores
8. Análise
de Texturas
9. Análise
de Texturas
Multiescalar
10. Redes
Neurais
11. Morfologia
Matemática
12. Convolução
13. Esqueletonização
14. Técnicas
Estatísticas
15. Fractais
16. Reconhecimento
de
Formas
17. Representação
de
Objetos
18. Quadtrees
e Octrees
19. Visão
Estereo
20. Inteligência
Artificial
21. Controle
de qualidade
22. Robótica
23. Medicina
24. Sensoriamento
remoto
Prof.
Aldo von Wangenheim
Currículo...
Publicações
Pesquisa
Projetos
Ensino
de Graduação
Ensino
de Pós Graduação
Cursos
Você
lê?
|
Seminário
Visão Computacional - CPGCC/UFSC - 2001.2
Técnicas de
Sensoriamento Remoto
Fábio Alexandrini
fabalex@unidavi.edu.br
-
Segundo Lillesand e Kiefer (1994)
Sensoriamento Remoto é a ciência
e a arte de obter informação acerca de um objeto, área
ou fenômeno, através da análise de dados adquiridos
por um dispositivo que não está em contato com o objeto,
área ou fenômeno sob investigação.
-
Para Novo(1986) Sensoriamento
Remoto é a utilização conjunta de modernos sensoreea,
equipamentos para processamento dados, equipamentos para transmissão
de dados, aeronaves, espaçonaves, satélites, com o objetivo
de estudar o amibiente terrestre através do registro e da análise
das interações entre a radiação eletromagnética
e as substânicas componentes da Terra em suas diversas manifestações.
De certa forma, o Sensoriamento
Rem oto de definido pela sigla SR, pode
ser entendido como um processo de leitura. Por meio de vários sensores,
dados são coletados remotamente, para que sejam analisados no intuito
de gerar informação acerca de objetos, áreas, ou fenômenos
sob investigação. A forma dos dados podem ser variações
na distribuição de forças, distribuição
de ondas acústicas, ou distribuição de ondas eletromagnéticas
- percebida, em parte, pelo olho humano - por exemplo.
- O SR eletromagnético
também pode ser entendido como o conjunto de atividades que têm
por objetivo determinar propriedades de alvos pela detecção,
registro e análise da radiação eletromagnétca
por eles refletida e/ou emitida. Ainda que o registro da radiação
possa ser feito de várias maneiras. Sendo em termos militares um
conjunto de atividades de apoio às atividades de Inteligência,
particularmente a Inteligência de Imagens.
- O SR moderno é
o “descendente” natural da fotografia convencional, tendo surgido com a
evolução das técnicas que permitem detectar e registrar
outras formas de radiação eletromagnética além
da luz visível.
- O SR teve seu crescimento
lado a lado com a ciência da computação, a partir do
final dos anos 50. Isso se deveu a uma grande necessidade do programa espacial
norte-americano nesse sentido. O desenvolvimento conjunto dessas tecnologias
fez com que o SR viesse a englobar não apenas diferentes tipos de
imagens e sensores, mas também, devido ao emprego de técnicas
de processamento de imagens digitais, propiciar a geração
de uma gama de produtos bem mais variada que a oferecida até então
pelas técnicas e sensores fotográficos tradicionais.
- Existem várias
formas de se caracterizar sistemas de SR. Podem ser discriminados quanto
ao nível de aquisição (terrestre, aéreo e orbital),
ou quanto ao processo de detecção (fotográfica ou
eletrônica), por exemplo. A mais usual delas é dividindo-os
em função do domínio espectral, ou seja, a porção
do Espectro Eletromagnético por eles explorada (visível,
infravermelho próximo, infravermelho médio, infravermelho
distante ou termal, e microondas). Alguns sistemas, por operarem em mais
de uma faixa espectral, recebem a denominação multiespectral,
ou hiperespectral, em função do número de canais adotados.
A Tabela abaixo apresenta, sinteticamente, os principais sistemas
e produtos de SR.
A Tabela a seguir ilustra
as circunstâncias de utilização dos sistemas de SR,
em função da faixa espectral na qual estiverem operando.
Quando um sistema de SR utiliza radiação refletida (visível
e infravermelho próximo/médio), ele depende da iluminação
solar e da transparência atmosférica, pois os comprimentos
de onda envolvidos são relativamente pequenos.
Caso a radiação
empregada pelo sistema se situe no infravermelho termal, tal sistema independe
de iluminação solar. Entretanto, esse sistema ainda depende
de transparência atmosférica, pelas mesmas razões mencionadas
para sistemas que operam no espectro refletido.
Finalmente, quando se trata
de radares imageadores, há independência tanto da iluminação
solar que são sistemas ativos, que emitem sua própria radiação,
quanto da transparência atmosférica onde as microondas possuem
comprimento de onda relativamente longos, se comparados às partículas
em suspensão na atmosfera terrestre.
As considerações
anteriores estabelecem algumas características que podem determinar
a possibilidade, ou não, de utilização dos vários
sistemas de SR. No entanto, existem outras características pertinentes
a cada sistema, aqui não mencionadas, que os tornam mais ou menos
adequados para determinado tipo de utilização, tornando a
natureza dos dados de SR essencialmente complementar. Em outras palavras,
sempre que praticável, é desejável a disponibilidade
de dados dos vários sistemas existentes e, logicamente, disponíveis.
Essa complementaridade entre
os diversos sistemas de SR permite a extração de uma quantidade
superior de informações para uma mesma cena, na medida em
que cada faixa do Espectro Eletromagnético possui peculiaridades
na forma de interagir com a matéria.
Resolução
Espacial é definida como o menor elemento de área
que um sistema sensor é capaz de distinguir. Ela determina se o
alvo pode ser identificado na imagem, em função de seu tamanho.Um
“pixel” (“picture element” - menor elemento da imagem) é disposto
de maneira exagerada para exemplificar os diferentes graus de abragência,
em função da resolução espacial considerada.
Na representação
abaixo, a direita, tem resolução espacial mais pobre (pior),
um pixel integra a informação disponível em dois tipos
de cultura dispostas perpendicularmente uma à outra, além
da influência do fundo (solo). Na representação central,
de resolução espacial intermediária, um pixel integra
a informação disponível em um tipo de cultura e no
fundo à sua volta (solo). Finalmente, na representação
da esquerda, de melhor resolução espacial, um pixel integra
somente a informação disponível num tipo de cultura.
Resolução
Radiométrica e definida como a menor diferença de
brilho que um sistema sensor é capaz de perceber. Ela determina
se o alvo pode ser visto na imagem, em função de seu contraste
com os alvos vizinhos. É dada pelo número de níveis
digitais, representando níveis de cinza, usados para expressar os
dados coletados pelo sensor. Quanto maior o número de níveis,
maior é a resolução radiométrica.
 I
Resolução
espectral é definida como a menor porção do
Espectro Eletromagnético que um sistema sensor é capaz de
segmentar. Ela determina se o alvo pode ser visto na imagem, em função
de seu comportamento espectral. Quanto mais estreitas, espectralmente falando,
as bandas (canais) de um dado sistema, maior é a capacidade desse
sistema de discriminar variações no comportamento espectral
do alvo a ser estudado.
Fotografias aéreas oblíquas de baixa altitude,
obtidas simultaneamente, ilustrando a diferença de comportamento
espectral entre a grama natural, nos arredores do estádio, e a grama
artificial, no interior do mesmo, em função da resolução
espectral do filme utilizado. Em (a), uma foto pancromática (0,4
a 0,9 ?m.); e em (b), uma foto infravermelho (0,7 a 0,9 ?m.), de melhor
resolução espectral.
A faixa espectral, por sua vez, é definida como a região
do Espectro Eletromagnético na qual um sistema sensor opera. Ela
determina o domínio do sistema sensor utilizado, em função
da característica da radiação por ele empregada. Via
de regra, o Espectro Eletromagnético é dividido, para efeito
de Sensoriamento Remoto, em 5 faixas espectrais, assim distribuídas
do menor para o maior comprimento de onda: visível, infravermelho
próximo, infravermelho médio, infravermelho distante (termal),
e microondas.
A resolução temporal (Repetitividade)é
definida como a freqüência com a qual um sistema sensor é
capaz de imagear um mesmo alvo. Ela determina o período mínimo
a ser aguardado para um novo imageamento de determinado alvo. Trata-se
de um parâmetro somente aplicável aos satélites de
SR, uma vez que estes possuem órbitas de períodos regulares
como característica imposta pela Mecânica Orbital, ao contrário
das aeronaves, por exemplo.
Dois parâmetros relacionados à plataforma - o nível
de emprego (orbital, aéreo e de superfície) e a capacidade
de uso (posse e grau de imunidade à interceptação)
- afetam a resolução temporal.
 |
Em geral se pode dizer que os alvos de valor estratégico são
imóveis e sujeitos a poucas alterações no decorrer
do tempo (refinarias de petróleo, fábricas de armamentos,
aeródromos), enquanto os alvos de valor táticos podem ser
movidos (tropas, embarcações, aeronaves), ou modificados
(defesas de um aeródromo, pontes móveis) com relativa rapidez.
Dessa forma, qualquer que seja a resolução temporal do
sistema, ele se prestará para o reconhecimento estratégico,
mas somente os sistemas de alta resolução temporal poderão
ser considerados para o reconhecimento tático. |
A radiação óptica
proveniente de um objeto tem duas origens possíveis,a atividade
interna dos átomos que constituem o objeto. Energias correspondentes
aos comprimentos de onda do espectro óptico envolvem tipicamente
transições de elétrons no átomo.A outra é
radiação a partir de um objeto é a reflexão
ou a transmissão de fontes radiantes no ambiente em que se encontra
o objeto. A reflexão pode ocorrer em função de um
simples espalhamento, ou pode envolver a absorção seguida
de reemissão de comprimentos de ondas selecionados. Um comprimento
de onda transmitido é aquele que passa através do objeto.
 |
A luz visível é apenas umas das muitas formas de Radiação
Eletromagnética (REM). Outras formas familiares são
as ondas de rádio, raios-ultravioleta, raios-X e o calor. Todos
esses tipos de REM são similares e são irradiadas segundo
a Teoria Ondulatória. Maiores informações estão
nas tabela de Grandezas radiométricas e fotométricas.(abaixo) |

Quando a REM incide sobre qualquer superfície, pode interagir
com esta de três modos: refletindo-se na superfície, sendo
absorvida pela superfície e transmitindo-se através da superfície.
A reflectância espectral típicas para as três
feições básicas encontradas na superfície terrestre:
vegetação verde sadia, solo exposto seco e água lacustre
limpa. As linhas apresentadas no gráfico onstituem a média
da medição de várias amostras e são representativas
das três classes consideradas. Embora a reflectância das feições,
individualmente, varie bastante em torno da média, essas curvas
denotam alguns pontos fundamentais no que diz respeito à reflectância
espectral |
 |
Independentemente da fonte, toda REM detectada por sistemas sensores
passa através de algum trecho da atmosfera terrestre. O comprimento
dessa trajetória pode variar bastante. Fotografias tomadas a partir
do espaço, por exemplo, representam a energia proveniente do Sol
e refletida pelo objeto, tendo cruzado a atmosfera duas vezes, desde a
fonte até o sensor. Por outro lado, um imageador termal aerotransportado
detecta diretamente a energia proveniente de um alvo na superfície,
envolvendo, portanto, um percurso atmosférico relativamente curto.
A influência direta da atmosfera varia com as diferenças nos
percursos considerados, bem como em função da magnitude do
sinal sendo observado, condições amosféricas e comprimentos
de onda envolvidos.
O fenômeno do espalhamento atmosférico
nada mais é que a difusão, de forma aleatória, da
radiação por partículas na atmosfera.O espalhamento
Rayleigh
ocorre
quando a radiação interage com moléculas e outras
minúsculas partículas na atmosfera que são bem menores,
em diâmetro, que o comprimento de onda da radiação
incidente, uma manifestação do espalhamento é dia
ensolarado com “céu azul” (ciano, na verdade), na ausência
deste o céu seria negro. O espelhamento é uma das causas
primárias da “névoa” observada em imagens. Visualmente, essa
névoa reduz drasticamente o contraste de uma imagem. Em fotografias
coloridas, o resultado é uma coloração cinza-azulada,
particularmente quando tomada a partir de grandes altitudes. A névoa
provocada pelo espalhamento Rayleigh pode ser minimizada, ou até
mesmo eliminada através do uso de filtros que restringem a passagem
dos comprimentos de onda menores.
O espalhamento, o de Mie, ocorre quando
as partículas existentes na atmosfera possuem diâmetros essencialmente
de mesmo tamanho dos comprimentos de onda da radiação incidente.
As maiores causas do espalhamento Mie são vapor d’água e
poeira em suspensão na atmosfera ocorrendo quando há tênues
coberturas de nuvens.
O espalhamento não-seletivo é um dos fenômeno
mais problemático, que tem lugar sempre que o diâmetro das
partículas em suspensão é bem maior que a radiação
considerada. Gotas d’água, por exemplo, provocam esse tipo de espalhamento,
afetando igualmente o azul, o verde e o vermelho na faixa do visível,
razão pela qual nuvens e nevoeiros apresentam a cor branca.
A absorção resulta na efetiva
perda de energia da radiação para os constituintes atmosféricos,
normalmente ocorre em comprimentos de onda específicos. Provocada
normalmente por vapor d’água, o dióxido de carbono e o ozônio.
Os “scanners” multiespectrais detectam,
simultaneamente, várias faixas estreitas do espectro, podendo abranger
vários segmentos desde o visível até o infravermelho
termal. A partir de 1 mm até 1 m, região onde operam os sistemas
sensores de microondas, há uma janela atmosférica praticamente
ininterrupta.
 |
Características espectrais de (a) fontes de energia e (b) efei-tos
atmosféricos. (Note-se que a escala é logarítmica.)
O ponto mais importante a ser notado é a interação
e a interdependência entre as fontes primárias de REM, as
janelas atmosféricas e a sensibilidade espectral dos sistemas sensores
disponíveis para detectar e gravar essa radiação.
Não se pode simplesmente definir arbitrariamente um sistema
sensor para qualquer tipo de tarefa de SR. Antes, se faz necessário
considerar (1) a sensibilidade espectral do sistema sensor envolvido, (2)
a presença ou ausência de janelas espectrais na faixa onde
a atividade de SR é desejada, e (3) a fonte, a magnitude e a composição
espectral da REM disponível na faixa em questão. Por fim,
a escolha da faixa espectral do sensor deve se basear na maneira pela qual
a REM interage com os objetos sob investigação. |
AQUISIÇÃO
E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
A detecção
de energia eletromagnética pode ser realizada tanto
fotograficamente (reservado exclusivamente para imagens que foram
detectadas e gravadas em filme) como eletronicamente(qualquer
representação pictorial de dados de imagem). O processo fotográfico
utiliza reações químicas na superfície de um
filme foto-sensível para detectar variações de energia
numa cena. Os sistemas fotográficos oferecem muitas vantagens: são
relativamente simples, de baixo custo e propiciam um grau de detalhamento
espacial e integridade geométrica da imagem.
Os sensores eletrônicos
geram um sinal elétrico que corresponde às variações
de energia na cena original. Um exemplo familiar de sensor eletrônico
é a câmera de vídeo. Embora muito mais complexa e cara
que sistemas fotográficos, sistemas eletrônicos oferecem como
vantagem: (1) faixas espectrais mais amplas, (2) maior potencial de calibração
e (3) capacidade de transmissão eletrônica dos dados gerados.
Ao se processar uma fotografia,
uma gravação dos sinais por ela detectados é obtida.
Assim sendo, o filme age, a um só tempo, como meio de detecção
e de gravação. Os sinais de sensores eletrônicos, por
outro lado, são geralmente gravados em fitas magnéticas.
Conseqüentemente, os sinais podem ser convertidos no formato de uma
imagem fotografando-se a tela de um monitor, ou utilizando-se um gravador
de filmes específico para esse tipo de tarefa. Nesses casos, o filme
fotográfico é utilizado apenas como meio de gravação,
e não mais de detecção.
Os níveis de cinza que formam uma
imagem digital são gravados em intervalos numéricos que podem
variar de 0 a 63, 0 a 127, 0 a 255, 0 a 511, ou de 0 a 1023. Esses intervalos
representam os conjuntos de inteiros que podem ser gravados, utilizando-se
códigos binários de 6, 7, 8, 9, ou 10 bits, respectivamente.
Em tais formatos, os dados contidos nas imagens podem ser rapidamente analisados
com a ajuda de um computador.
O uso de técnicas assistidas por computador permite análises
mais aprofundadas de padrões espectrais de dados de SR. Também
permite a automação no processo de análise, possibilitando
vantagens de custo sobre as técnicas de interpretação
visual. Entretanto, da mesma forma que os seres humanos possuem limitações
na habilidade de interpretar padrões de resposta espectral, computadores
ainda são limitados para avaliar padrões espaciais. Assim
sendo, as técnicas visuais e digitais são complementares
por natureza, e considerações criteriosas devem ser feitas
antes de definida a abordagem (ou combinação de abordagens)
a ser adotada para uma determinada aplicação.
Onde análises mais aprofundadas permitem encontrar de padrões
espectrais de dados e a automação no processo de análise,
possibilitando vantagens de custo sobre as técnicas de interpretação
visual. Entretanto, da mesma forma que os seres humanos possuem limitações
na habilidade de interpretar padrões de resposta espectral, computadores
ainda são limitados para avaliar padrões espaciais. Assim
sendo, as técnicas visuais e digitais são complementares
por natureza, e considerações criteriosas devem ser feitas
antes de definida a abordagem (ou combinação de abordagens)
a ser adotada para uma determinada aplicação.
Para o bom uso de SR é utilizado sem o auxílio de algum
dado de referência. A aquisição desses dados envolve
medições ou observações acerca de objetos,
áreas ou fenômenos que estejam sendo sensoriados remotamente.
Podem ter variadas formas e podem derivar de diferentes fontes. Por exemplo,
os dados necessários para uma análise em particular podem
ser oriundos de um mapa de solos, um relatório laboratorial sobre
a qualidade de determinada água, ou de uma fotografia aérea.
Também podem ser provenientes de um trabalho de campo sobre a identidade,
extensão, e condição de culturas vegetais, uso da
terra, inventário florestal ou poluição aquática.
Dados de referência também podem envolver medições
de campo sobre a temperatura ou quaisquer outras propriedades físico-químicas
de várias feições. As posições geográficas
nas quais essas medições são conduzidas são
freqüentemente anotadas numa base cartográfica, a fim de facilitar
sua localização numa imagem correspondente a posteriori.
Atualmente, visando uma maior precisão aliada a uma maior simplicidade,
receptores GPS (“Global Positioning System” - Sistema de Posicionamento
Global) são utilizados de forma cada vez mais crescente.
Dados de referência são usualmente denominados verdade
terrestre. Esse termo não tem significado literal, uma vez que várias
formas de dados de referência não são coletados na
superfície e podem, no máximo, se aproximar das condições
reais da superfície. Por exemplo, a verdade terrestre pode ser coletada
no ar, sob a forma de fotografias aéreas detalhadas e utilizadas
como dados de referência em relação a imagens de resolução
espacial mais pobre, como fotografias aéreas de grande altitude
ou imagens de satélite. Usados para
1)Auxiliar na análise e interpretação de dados
de SR; 2) Calibrar um sensor; 3) Verificar informações
extraídas de dados de SR.
|
COMPONENTES SR IDEAL
1. Uma fonte de energia uniforme
2. Uma atmosfera transparente.
3. Uma série única de interações energia
X matéria na superfície terrestre.
4. Um super-sensor altamente sensível a todos os comprimentos
de onda
5. Um sistema de processamento de dados em tempo real.
6. Múltiplos usuários dos dados.
Infelizmente, um sistema ideal de SR, da forma como foi descrito acima,
não existe. Os sistemas reais de SR estão bem distantes do
ideal em todos os pontos apresentados.
|
SISTEMAS
REAIS DE SENSORIAMENTO REMOTO
1. A fonte de energia. Todos
os sistemas passivos de SR baseiam-se na energia refletida e/ou emitida
pelas diversas feições na superfície. Conforme já
foi discutido, a distribuição espectral da radiação
solar refletida e daquela emitida pelos objetos estão longe de ser
uniformes. Os níveis de radiação solar obviamente
variam em função do tempo e do lugar, e os diferentes materiais
na superfície terrestre emitem radiação em diferentes
níveis de eficiência (emissividade). Ao mesmo tempo em que
se tem algum controle sobre a natureza das fontes de energia para sistemas
ativos, as fontes de energia utilizadas em todos os sistemas reais de SR
não são, via de regra, uniformes no que diz respeito ao comprimento
de onda. Além disso, suas propriedades variam em função
do tempo e do lugar considerados. Conseqüentemente, é necessário
conduzir uma calibração de sensores quanto às características
da fonte, numa base missão-a-missão, ou simplesmente lidar
com unidades relativas de energia.
2. A atmosfera. A atmosfera
normalmente compõe os problemas introduzidos por variações
na fonte de energia. De certa forma, a atmosfera sempre altera a intensidade
e a distribuição espectral da REM recebida por um sensor.
Ela restringe onde se quer observar espectralmente, e seus efeitos com
o comprimento de onda, tempo e lugar. A importância desses efeitos,
similarmente aos efeitos provocados pela variação na fonte
de energia, é função do comprimento de onda, do sensor
utilizado, e da aplicação que se tem em mente. A eliminação
ou a compensação de efeitos atmosféricos via algum
tipo de calibração é particularmente importante na
aplicações onde a repetitividade nas observações
de uma mesma área está envolvida.
3. As interações
energia X matéria na superfície terrestre. O Sensoriamento
Remoto seria bastante simples se cada material refletisse e/ou emitisse
REM de uma forma única e conhecida. Embora os padrões de
resposta espectral (assinaturas) desempenhem um papel relevante na detecção,
identificação e na análise de materiais na superfície,
o universo espectral está repleto de ambigüidades. Tipos de
materiais radicalmente distintos uns dos outros podem apresentar uma grande
similaridade espectral, tornando difícil o trabalho de diferenciação.
Além do mais, o entendimento das interações entre
energia e matéria para as feições terrestres está
num nível elementar para alguns materiais e virtualmente não
existe para outros.
4. O sensor. A esta altura,
não constitui qualquer surpresa a afirmação de que
um super-sensor simplesmente não existe. Nenhum sensor isolado é
sensível a todos os comprimentos de onda. Todos os sensores reais
possuem limites fixos de sensibilidade espectral. Eles também possuem
um limite de quão pequeno um objeto na superfície pode ser
percebido individualmente. Esse limite, denominado resolução
espacial de um sensor, é uma indicação de seu nível
de capacidade em registrar detalhes de natureza espacial.
A escolha de um sensor,
para qualquer tarefa, sempre envolve compromissos. Por exemplo, sistemas
fotográficos possuem, em geral, ótimas características
de resolução espacial, mas carecem de maior sensibilidade
(abrangência) espectral, possível com sistemas não-fotográficos
que, por sua vez, apresentam fracas características de resolução
espacial. De maneira similar, muitos sistemas não-fotográficos
(e alguns sistemas fotográficos) são bastante complexos óptica,
mecânica e/ou eletronicamente falando.
Eles podem ter, ainda, restrições
quanto a potência, espaço físico e requisitos de estabilidade.
Tais requisitos freqüentemente ditam o tipo de plataforma, ou de veículo,
a partir do qual um sensor pode ser operado. As plataformas podem variar
desde uma simples escada até uma estação espacial.
Dependendo da combinação sensor/plataforma necessária
a uma dada aplicação, a aquisição de dados
de SR podem ser um esforço extremamente caro.
5. O sistema de processamento
de dados. A capacidade atual de gerar dados excede com folga a capacidade
corrente de processar esses mesmos dados. Isso é verdade tanto se
forem considerados os procedimentos de interpretação visual
ou análises assistidas por computador. O processamento de dados
de SR num formato interpretável pode ser - e normalmente é
- um esforço que requer raciocínio, instrumentação,
tempo, experiência e dados de referência consideráveis.
Embora muitos processamentos
possam ser realizados por máquinas, a intervenção
humana no processamento dos dados de SR é, e continuará a
ser, essencial à aplicação produtiva destes.
6. Os múltiplos usuários
dos dados. As pessoas que utilizam os dados gerados por qualquer sistema
de SR são essenciais à aplicação bem-sucedida
desse sistema. Os dados gerados por procedimentos de SR somente se tornam
informação se e quando alguém possui um bom entendimento
acerca de sua geração, interpretação e melhor
forma de utilização. Um entendimento detalhado do problema
a ser solucionado é mister para a aplicação produtiva
de qualquer método de SR. Além disso, não há
combinação simples de procedimentos de aquisição
e análise de dados que satisfaça as necessidades de todos
os usuários desses dados.
Considerando que a interpretação
de fotografias aéreas têm sido utilizadas como uma prática
fonte de informações há cerca de um século,
as outras formas de SR são meios para adquirir informação
relativamente novos, técnicos e fora do convencional. Essas fontes
mais novas de SR têm satisfeito muito poucos usuários até
recentemente, o que afasta-os do modelo ideal mencionado na Seção
anterior.
Entretanto, à medida
que novas aplicações continuam a ser desenvolvidas e implementadas,
um número cada vez mais crescente de usuários está
atento ao potencial, da mesma forma que às limitações,
das técnicas de SR.
|
TRABALHOS IPA – FURB
Uso cobertura da terra para Blumenau
Indicadores de Desenvolvimento para Blumenau
Hidrologia da Bacia do Rio Hercílio
Agenda Blumenau 21
Indicadores de Desenvolvimento para Blumenau
Parque das Nascentes
Sensoriamento Remoto em Blumenau
Análise da evolução espaço em Blumenau
de 1981 a 1993 |
|
CONCLUSÕES DE SR
* O sensoriamento remoto
está intimamente ligado as questões mitilares para segurança
e interpretação de dados, onde o domínio das tecnologias
vinculadas a este tipo de operações tem resgardado a segurança
de diversos países, como também a espionágem e controle
em diversos outros. Um grande aplicação e ampla utilização
dos mecanismos vindo da área militar está voltada as questões
ambientais interligando diversas áreas do conhecimento em prol da
defesa e controle do meio ambiente.
* A aplicação
bem-sucedida do SR tem como premissa básica a integração
de fontes de dados e procedimentos de análises múltiplos
e interrelacionados. Dentre as aplicações apropriadas, há
uma grande variedade de abordagens para aquisição de dados
e procedimentos de análise.
O sucesso de muitas aplicações
em SR é aumentado consideravelmente quando adotada uma abordagem
múltiplo-enfoque para a aquisição de dados. Isso pode
requerer a utilização de múltiplos níveis de
aquisição (diferentes altitudes). Pode envolver também
sensoriamento multiespectral ou, ainda, sensoriamento multitemporal.
* Mais informação
pode ser obtida por meio da análise de múltiplos enfoques
do terreno, ao invés da observação singular do mesmo.
Num ponto de vista similar, o imageamento multiespectral disponibiliza
muito mais informação do que somente aquela proveniente de
uma banda simples. O “scanner” multiespectral é um sensor que adquire
dados de múltiplas bandas espectrais simultaneamente. Quando os
sinais gravados nas múltiplas bandas são analisados conjuntamente,
mais informações se tornam disponíveis do que se somente
uma banda estivesse sendo empregada, ou se as várias bandas estivessem
sendo analisadas independentemente. A abordagem multiespectral constitui
o coração de inúmeras aplicações de
SR envolvendo a discriminação de tipos e condições
de objetos dispostos na superfície.
* Em qualquer abordagem
aplicada ao SR, não se deve apenas estabelecer a combinação
correta de técnicas de aquisição e interpretação
de dados, mas também a combinação correta de técnicas
modernas de SR e aquelas ditas “convencionais”. O especialista deve ter
em mente que o SR é uma ferramenta que produz melhores resultados
quando utilizada em conjunto com outras, e não como tendo um fim
em si mesma.
Essa realidade motivou enormemente
a evolução dos Sistemas de Informações Geográficas
(SIG’s) que, reunindo vários planos de informação
sobre um mesmo objetivo com suporte computacional, permite a síntese,
análise e a comunicação de uma quantidade virtualmente
ilimitada de dados. Basta que lhes seja aplicável uma georreferenciação,
ou seja, sua disposição numa base cartográfica comum
a todos os outros planos de informação.
* O SR dá, literalmente,
a capacidade de ver o invisível. Além disso, o SR transcende
as fronteiras disciplinares, tornando-se tão vasto em suas possibilidades
de aplicação que se torna inútil tentar denotá-lo
como uma ferramenta puramente civil (monitoramento ambiental, de safras
agrícolas, de catástrofes, de poluição marinha,
estudos geológicos, entre outros) ou eminentemente militar (inteligência
de imagens).
* Está intimamente
ligado as questões mitilares para segurança e interpretação
de dados, onde o domínio das tecnologias vinculadas a este tipo
de operações tem resgardado a segurança de diversos
países, como também a espionágem e controle em diversos
outros.
* Aplicações
voltadas as questões ambientais desempenham um papel crescente nos
processos de decisão, sejam esses de caráter estratégico.
A evolução tecnológica de sistemas sensores, plataformas
espaciais, sistemas de comunicações, sistemas de posicionamento
global, sistemas de processamento de imagens digitais e sistemas de informações
geográficas ocorre numa base quase que diária. Resta aos
reais e potenciais usuários desse tipo de tecnologia manter a capacidade
de utilização da mesma, a fim de acompanhar todo o processo
de maneira efetiva.
Contato:
Tel.: +55-48-331
7552/9498
FAX: +55-48-331-9770
awangenh@inf.ufsc.br
|
|
|
|