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A
Mulher na Lua
O
filme de 1929 "A Mulher na Lua", de autoria de Fritz Lang, o qual no
ano seguinte se consagraria internacionalmente com o filme
"Metrópolis", é
considerado o primeiro filme de "hard science-fiction", gênero
bem mais
tarde tornado imortal pelo ultraclássico "2001, uma
Odisséia no Espaço" de
Stanley Kubric (1968). Em um filme de "hard science-fiction" cria-se um
enredo onde é admitido um único item fantasioso (muitas
vezes central para a trama, como no caso do "monólito" de
Kubric) e todo o resto se atém o mais fielmente possível
aos conhecimentos científicos vigentes na época em que o
filme foi produzido. Essa ficção científica
"séria" tenta seguir o rigor científico ao extremo,
explorando narrativas que são maximamente cientificamente
plausíveis, ao contrário dos filmes de fantasia como
"Guerra nas Estrelas", onde a liberdade criativa da narrativa é
grande e somente alguns aspectos de caráter tecnológico
(além da temática quase onipresente da viagem espacial)
deixam entrever que se trata de ficção
"científica". A versão em DVD do "director's cut" de "A
Mulher na Lua" foi lançada na Berlinale de 2001. Curiosamente,
também na Berlinale, mas na deste (2009), será
lançado o "director's cut" de "Metropolis" de Fritz Lang, cuja
única cópia existente, depois de muitos anos
desaparecida, foi encontrada em um clube de cinema de Buenos Aires e
totalmente restaurada pela Fundação Murnau, vindo a
substituir a bem conhecida versão recolorida de 1984.
Gustav
von Wangenheim & Curiosidades
Meu
tio-avô Gustav von Wangenheim (link na
Wikipedia)(não cheguei a conhecer) atua neste filme de Lang
no papel do "Engenheiro Hans Windegger", o noivo da heroína a
qual já se apaixonou pelo capitão da nave antes mesmo
desta partir mas que mesmo assim vai junto na viagem.
Ele
foi um ator alemão prolífico do antes-guerra e teve uma
trajetória interessante: filho do também cineasta Eduard von Winterstein*, atuou em
vários filmes de Fritz Lang e Friedrich Murnau, sendo a
atuação mais conhecida no filme "Nosferatu" de Murnau, onde
aparece no papel de Hutter. Socialista convicto, membro do Partido
Comunista Alemão e lider do movimento esquerdista Truppe 31, foi perseguido com
a ascensão do nazismo. Assim, decidiu em 1933 emigrar com a
família para a Rússia (em plena era stalinista...),
adotando a cidadania soviética e comprometendo-se com os ideiais
soviéticos. Após a criação da
República Democrática Alemã (= Alemanha Oriental
para quem não viveu Guerra Fria...) mudou-se para Berlim
Oriental e ali atuou na remontagem da indústria
cinematográfica daquele país. A esposa, Inge, envolveu-se com o
Movimento de Teatro Popular da Alemanha Oriental e atuou como atriz e
diretora no Deutschen Theater em
Berlim Oriental.
De seus três filhos (2 gêmeas e um homem), apenas Friedel
von Wangenheim teve alguma atuação em
direção de cinema na Alemanha Oriental, mas sem
repercussão. As irmãs "Li" e "Lô" compraram um
"passe para o ocidente" na década de 1980 e vivem em Hamburgo. A
filha de Friedel, Inra von Wangenheim,
após uma conturbada carreira de mecânica de tratores em
uma LPG (kolschose alemã oriental) foi expatriada para a
República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) em fins da
década de 1980.
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Links para o Filme:
Cenas
do Filme
*Eduard von Winterstein se chamava na verdade Eduard von Wangenheim,
tendo adotado este pseudônimo. O nome Winterstein é o nome
do nosso tronco familiar. A família Wangenheim dividiu-se em
dois troncos com a aquisição do Castelo Winterstein no
ano de 1349 e a conseqüente necessidade de
administração de dois feudos. O castelo foi perdido na
2ª Reforma Agrária da Alemanha Oriental e recuperado pela
Fundação Wangenheim através de ação
de reintegração de posse movida em 2000 contra a Agência de
Administração do Patrimônio Agrário da
Alemanha Oriental e cedido ao Município
de Winterstein para ser usado como área de lazer.
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